compensatórios


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Bastava uma tatuagem. Talvez três. Um copo de cerveja. Ou dois. Muitos copos, talvez. De repente as cartas do tarot, um passe, uma leitura de mapa astral ou uma festa de santo. Talvez bastasse uma viagem longínqua. Ou uma visita aos pais, apenas. O encerramento do semestre letivo. É, talvez isso. Talvez um incenso bastasse, ou uma música. Um chocolate, de repente. Ou cinco. Talvez mudar de quarto. Ou de cidade. Talvez ter outras pessoas na sala. E no quarto. Comprar roupas novas, filmes e quadros. É isso, talvez faltasse plantas. E um cachorro. E um gato. Um orquidário inteiro. De repente era só ter tomado gengibre e mel. Ou mesmo tirar a poeira dos móveis e organizar as inutilidades. Talvez trocar o número de celular. E deixar as redes sociais. De repente respeitar o tempo de sono. E o tempo pra todas as coisas. Não ser libriana, talvez. Bastava um café. Um litro de café. Talvez bastasse mudar a lua ou ser tarde de domingo. Todos os dias.

Karina Morais
02.12.2014

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