Archive for fevereiro 2011

Apetite


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Aquela selva de pedra parecia querer engoli-la, mas ela também estava faminta, capaz de devorar cascalhos e pedregulhos. Havia uma certeza unica: estava decidida, só voltaria pra casa de barriga cheia!

/Karina Moraes
(23.02.2011)

Pulsação


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Respirou fundo. Há muito não ouvia a própria respiração. As narinas se dilatavam a proporção em que o coração acelerado exigia-lhe uma entrada maior de ar. De fôlego. Conteve impulsos, mas a fraqueza da carne arrepiava-lhe a pele. E os pensamentos. E os sentidos. Julgava frustrante sentir tal coisa por um desconhecido, angústia que se acentuava ao se tratar de alguém que tanto se assemelhava a reminiscências passadas. Mas sim, ele muito, muito havia despertado a atenção. E seu coraçãozinho de pedra, esfarelava-se feito areia litorânea com a simples imagem de dois pares de braços e pernas e alguns gestos largados .


-Eu me casaria com você, ser estranho, se prometesse fazer jus a minha idealização.

/Karina Moraes
(21.02.2011)

Abstand


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Ao depararmos com mudanças radicais em nosso estilo de vida, comumente buscamos formas de nos agarrar a detalhes que nos mantenham ligados ao que amanhã será passado. O ingresso do cinema na agenda. Um rabisco qualquer de um colega, na última folha do caderno. Mil papeizinhos amassados envelhecendo no armário. Etiquetas do camarote. Pulseirinhas de praia, que todo mundo usava. Livros que nunca mais serão abertos. Apostilas que ficarão na estante.

E assim tantas coisinhas bobas se tornam de estima, numa incessante tentativa de guardar e manter algo palpável de momentos bons. Buscando aproximar o ontem do agora, e o agora do amanhã, já prevendo a distância que um dia se estabelecerá entre tudo isso. Uma prova inequívoca de nossa fragilidade na condição de humanos se traduzirá a nós quando reconhecermos um perfume ou uma voz que certamente o tempo nos fará esquecer. E acostumarmos com o esquecimento. Um sentimento de urgência em reencontrar velhos amigos e trazer à lucidez fatos nítidos de outros tempos tomará conta de nós. Vai ser doce. Mas tão amargo...

Notaremos que nunca mais seremos os mesmos. E a vida prosseguirá em seus ciclos. A vida, composta por tantas várias vidas. Tantos inícios, meios e fins.


/Karina Moraes
(19.02.2011)

Que sirva de apoio!


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O presente (extremamente marcante) caracterizado por músicas, ou trechos delas.


"Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar nos sonhos que se tem, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém"
"(...) Se vc quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo!"
“Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, o caminho mais curto, produto que rende mais. Seria mais fácil fazer como todo mundo faz, um tiro certeiro, modelo que vende mais...”
“(...)Mas nós vibramos em outra freqüência, sabemos que não é bem assim, se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim”
"Eu vejo um horizonte trêmulo, eu tenho os olhos úmidos. Eu posso estar completamente enganado, eu posso estar correndo pro lado errado... Mas A dúvida é o preço da pureza, e é inútil ter certeza. Eu vejo as placas dizendo "Não corra!”, "Não morra", "Não fume", eu vejo as placas cortando o horizonte, elas parecem facas de dois gumes...”
“...Cada escolha uma renúncia, isso é a vida!”
“...Minha vida é tao confusa quanto a América Central, por isso não me acuse de ser irracional!” ♪
“Quem duvida da vida tem culpa, quem evita a dúvida também tem! Somos quem podemos ser. SONHOS QUE PODEMOS TER!”
Preste atenção, não abra mão dos proprios sonhos, não tem perdão, não deixe de sonhar, não deixe de sorrir, pois não vai encontrar quem vá sorrir por ti!”
“Hoje eu sinto que sei que sou um tanto bem maior!”

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