Refletir os restos e os
reflexos, a falta de retorno e o recurvar dos discursos; ressignificar a
nostalgia, resumir em retratos. Reaver-se e retratar-se das próprias rendições
e retrocessos. Reavaliar os verbos, os rumos remediados, os risos sem razão, a
vida em recesso, os receios e os recalques; relegar as reles palavras
rebuscadas e as ruínas poéticas; revisitar refúgios. Redescobrir relicários;
remendar os retalhos; arrumar as redes, rearranjar os remos e os roteiros; revigorar-se sem
ressalvas. Rememorar a beleza rouca;
brindar reminiscências e as recônditas amenidades da alma. Auto retificar-se
das irrequietudes refutáveis.
Karina
Moraes
03/11/2012