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Esse amálgama de tantas personalidades que nos compõem, performaticamente, nos cria, recria e transforma, numa constante, a constante de todos os dias... por vezes somos os estranhos de nós mesmos, desacostumados com nossa própria pluralidade, inúmeras são as faces, fases e facetas que bailam em nós. Desacostumados estamos com nossa própria existência! Tenho uma fome de mundo que bole em mim, que me consome, que me come por dentro... O visível e o recôndito, o sutil e o extravagante, o sério e o risível, anseios, projetos, ideias de vida que pulsam, me rasgam, clamam por acontecer, gritando de dor o ritmo do relógio. A barricada incessante do tempo, cronometrado, imbuído nos fazeres sequenciais da rotina. Essa, que mede em horas as rotações que se afunilam e nos anulam. Os meus personagens estão cansados de dormitar na coxia e as minhas ansiedades engavetadas quase faz falar o criado-mudo!

Prá me transbordar de mim. Quase não caber mais...

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