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Tanto espaço nos braços que guardam [e aguardam] o abraço, tantas meias palavras que desenham os meios diálogos, tanta coisa na carne, no travesseiro e na escrita... Quantos transbordares! Quantos! A vã fuga das vontades contidas, a vã busca de outros aconchegos, a vã racionalidade que mascara os apegos. Quantos pesares! Uma saudade que se fantasia mas não morre, a reminiscência do cheiro, das brincadeiras soltas, das cócegas... onde foi que deixamos nossos rastros? Onde foi que nos atropelamos e não voltamos pra juntar as partezinhas que caiam pelo caminho? Quantas permanências guardam o hoje! Tão mal percebida e zelada essa bagagem, que tanto guarda ela? Quantas respostas por acontecer! Comigo, trago tudo, as danças e andanças, as dores de cabeça, as madrugadas, os dias mal terminados, as noites em claro, os lugares desconhecidos... e um querer, que quero!

03/2015



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