Entrelinhas


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É que na escrita o encontro se sela mais fidedignamente que qualquer oralidade. Reconheço o outro muito mais pela subjetividade de seus registros aleatórios que por quaisquer definições pré estabelecidas. Da mesma forma, entrego-me mais pelo mesmo caminho. Radiografando um eu, autêntico, pela escrita. Por mais desconexas que estejam palavras e ideias. Quando leio o que o outro escreve, depreendo muito de sua alma e menos do que diz o texto em si. Talvez seja por isso que tanto gosto daqueles que escrevem: por me permitir leituras da alma! Aliás... ora, se a escrita não é o transbordar de si mesmo, o que seria?! Meus queridos autores cotidianos, eu os admiro e, talvez demasiadamente piegas, por vezes os amo também!


Karina Moraes
23/10/2012

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