.


O caber infinito do abraço, onde o diálogo se revela além das palavras. Onde o ombro se faz porto, moradia instantânea pra acalentar inseguranças. 

As palavras ressoam sem voz, feito orações particulares. O fechar de olhos faz retrospectivas, e filmes inteiros se dispõem no contato, na recepção do que é dito calado. Momentos diversos, tantos, que se encontram num fugaz instante. Adormece inquietudes, faz-se leito, refúgio, fortaleza, divã. Confidências no respirar. Mesmo que não intencionais. Dissolver de consternações. Antídoto. Afirmação do querer bem: Confirmação de benevolência! O abraço é o lugar para a reclusão das marcas do mundo lá fora.  Mais que isso: é o despir do turbulento mundo que existe dentro de si.  É o recolher do cansaço, e é o esquecer de se estar cansado do cansaço.   É levar um pouco do outro, e deixar muito de si! Revelar, ansear decifrar. É troca! E a garantia de reciprocidade será reconhecida na percepção e assegurada no confiar.

29/06/2012

Your Reply

Twitter @kollim

    Siga-me no Twitter