Eu


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Romper de elos outrora considerados umbelicais. Desgarrar dói!

Caminhar, listar sonhos, rasgar a lista e redirecionar-se, se assim for preciso. Coragem!

Todos os dias nos é apresentado um novo calendário. Todos os dias nos são apresentadas margens para constituirmos um novo calendário! O homem está em constante redefinição de si mesmo. Redefine tempo, redefine fronteiras, redefine-se! Metamorfose do "eu", tão brusca a ponto de transformar por completo. Tão sutil a ponto de não se revelar nitidamente perceptível. Verdadeiras revoluções internas. Das inúmeras lembranças de distintas fases vividas, cada qual desenhando-nos à maneira do tempo e dos acontecimentos, nenhuma revela quem verdadeiramente somos nós. Daí da ausência de resquícios que possibilitem apontar um "eu" autêntico. Se é que ele existe. Se somos algo, somos muitos... que coexistem em um mesmo ser. Cada face desse plural apresenta uma característica singular, agregada em algum momento perdido no tempo. Esse turbilhão de tantas formas diferentes que podemos manifestar, nos torna mais autônomos em relação a nós mesmos, por não existir algo que de fato nos defina. Não nos limitamos, desaprendemos constantemente do compromisso em mostrar ao mundo o que somos... por não saber realmente o que somos.

Karina Moraes

04/12/2011

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