2011!


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2011? Pesado, difícil, forte, bonito, intenso!

Hoje digo com clareza que jamais poderia imaginar o que me reservava esse ano. No início até ousei arriscar palpites, não um, mas vários! Surgia cada vez mais hipóteses de como se daria o depois, e eu me encontrei mergulhada em um turbilhão de dúvidas e confusões. Havia uma bifurcação no meio da minha estrada, sem placas, sem sinalizações, sendo necessário e urgente optar por um caminho. Estacionar, optar por não optar, também era uma opção!

A escolha que fiz, em meio a ápices de risos e lágrimas, ainda me provoca temor, no entanto em nenhum momento sofri a dor do arrependimento, o maior dos monstros e do qual mais temia! Nesse ano eu me apresentei ao mundo e ele se apresentou a mim! Tive que me adaptar a acordar todos os dias sem a voz da minha mãe me apressando com os horários, sem os pães comprados e o almoço pronto. Sair na calçada e não reconhecer as ruas e casas que se dispunham diante de mim. Tive que me adaptar com o ar (incomparavelmente mais poluído!), com o caos do trânsito, com a "querida" Dutra e Senna! Tive que me adaptar à pessoas, ora muito iguais, ora muito distintas de mim.

A absurda carga de leitura e avaliações a que me submeti cumprir e levar adiante, logo deu um jeitinho de me mostrar que daqui pra frente, não raro, as noites se tornariam dia. Que isso ocorreria de forma cada vez mais frequente, que de tão habitual, a partir de determinado momento isso me seria imperceptível... e que em um momento posterior, o café seria o maior aliado! Que em alguns momentos, o sono é luxo!

Percebi que teria sérios problemas com horários de alimentação, que eu engordaria e emagreceria em curtos prazos de tempo. Que eu choraria por saudade, que eu choraria por medo, que eu choraria por pressão, que eu choraria no banheiro, que eu choraria no telefone, que eu choraria em alguns ombros, que eu choraria sem saber o motivo. Que notícias fortes me abalariam profundamente e me fariam querer voltar pra casa naquele mesmo instante. Percebi que a vida é um constante jogo de renúncias, que mesmo as pequenas conquistas exigem abrir mão de tantas coisas. E que se eu estou disposta a viver dessa forma, as grandes metas são possíveis SIM!

Percebi também que o meu choro seria muito mais sincero e minha felicidade, muito mais intensa. Que a convivência com determinadas pessoas me conferiria a certeza de carregá-las comigo pro resto da vida. Que se faz colegas por anos e que se faz irmãos em apenas alguns meses. Que eu posso ser muito boa em algumas coisas, e em outras nem tanto. Que não é possível ser bom em tudo, que em alguns momentos eu seria apenas um número, em outros eu seria o meu nome e meu sobrenome! Percebi que hoje sei viver muito mais, sei quando posso largar a responsabilidade um pouquinho de lado, pra curtir e falar besteiras. Sei, com mais clareza que nunca, que a vida cobra sério. Percebi que um ano voa, mas que eu voei junto com ele e foi justamente nele que eu aprendi a alçar vôo, mas a voar com os pés no chão!

Percebi muitas coisas... percebi que eu quero mais!

/ Karina Moraes

07/12/2012

2 Responses to “2011!”

  1. Anônimo says:

    Que texto delicioso de ser lido. Até porque eu passei também por um momento como esse em 2001, quando eu saí de são paulo (sampa) e fui morar em são carlos (sanka city). Também tive que sair do círculo familiar e ir brigar por um lugar em outros círculos. 10 anos depois eu também vejo que essa briga é uma forma de aprender também. O legal da nossa experiência é que aprendemos de qualquer jeito. Lendo um livro ou vivendo. Simplesmente vivendo. E alçando todos esses voos que vc disse ter alçado. Lá de cima, o mundo é outro. O ritmo é outro. Vemos pessoas de longe e de perto. E o mais legal disso tudo que vc percebeu é que vc quer mais. É tão bom ler isso. Temos fome. Fome de vida. E ninguém estaremos saciados :D

  2. Anônimo says:

    eu errei aí em cima, ao invés de "ninguém estaremos saciados" leiam: "nunca estaremos saciados" auhauuhuau

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