Já
fiz muita coisa "errada", inúmeras vezes o acordar pela manhã era
imbuído de pesares que não me deixavam descolar a cabeça do travesseiro.
Mas, sabe, eu me perdoei. Não por minhas ações impulsivas e por vezes
desmedidas, mas por ter traído a mim mesma todas as vezes que me auto
julguei, que me autopuni, quando na verdade todos os feitos só
significavam o exercício da minha liberdade de escolha,
da minha autonomia, da minha fidelidade comigo mesma. E, se hoje eu
digo isso, é porque aprendi - e aprendo - a ser segura o suficiente pra
que ninguém precise ditar meus passos ou meu comportamento. Esse legado
cultural de tradições doutrinárias é um atentado ao meu direito de
existir! Minha consciência vai muitíssimo bem, obrigada. Ressaca moral é
algo que limita a nossa condição de SER.
Karina Morais
21/02/2014